domingo, 29 de setembro de 2013

Dica de Filme: "Na frente da classe" (Front of the Class)

Esse filme é muito interessante! Uma lição de vida. Conta a história Brad Cohen, um professor que tem a Síndrome de Tourette.
"Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância." (fonte: site Dr. Dráuzio)


"Meus professores só me inspiraram a ser o tipo de professor que eles nunca foram. Aquele que torna possível uma criança aprender mesmo sendo diferente." (Brad Cohen)

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Porta-treco com caixa de leite

 
Confeccionei esse porta-treco ou "caixa de ferramentas". Tirei do programa "Art Attack" do canal Disney Channel.
É bem simples de fazer.
Achei o link do canal Disney de Portugal, com download do passo-a-passo:
http://disney.pt/art-attack/art-attacks/episode-12-caixa-de-ferramentas.jsp

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Jogo Matemático: Adicionando com a joaninha

Confeccionei esse jogo para ser apresentado na disciplina "A Matemática no contexto da realidade da criança: jogos pedagógicos", do curso de pós-graduação em Psicopedagogia.




Faixa etária: a partir de 7 anos

Conteúdo: adição

Objetivos:

  • Realizar a soma dos números;
  • Desenvolver habilidades de cálculo mental.

Materiais:

  • E.V.A. nas cores: preto, vermelho, branco.
  • Tampas de garrafa pet
  • Cartolina branca
  • Caneta hidrográfica vermelha
  • Cola quente
  • Dados
  • Tesoura sem ponta
  • Molde
Passo a passo:
  1. Recorte a joaninha seguindo o molde.
  2. Cole as partes com cola quente.
  3. Recorte círculos de cartolina com a medida interna da tampa. Escreva os números 1 a 9, com a caneta vermelha.
  4. Cole no centro das tampas.
  5. Recorte círculos de E.V.A. preto com a medida externa da tampa. Cole.
Regra do jogo:
Distribua as peças (tampas) sobre o tabuleiro de modo que o número fique posicionado para baixo.
Cada criança deverá jogar o dado e retirar do tabuleiro o número de peças correspondente, sem virá-las.
Quando não houver mais peças no tabuleiro, cada jogador deverá virar as tampinhas e somar os números. Vence quem tiver o maior resultado.

Fonte: Revista Professor Sassá, Especial Jogos e Brincadeiras, n° 10.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia do Professor

Para comemorar do dia do Professor, deixo um vídeo do filme "Como estrelas na terra, toda criança é especial". Eu havia assistido a esse filme na faculdade. Mas somente na pós-graduação em Psicopedagogia eu realmente percebi o quão maravilhoso é esse filme. Talvez porque na época da faculdade, eu tive que vê-lo em horário de aula, não estava tão interessada.  Esse filme me despertou um sentimento que já havia nascido em mim: a ter um olhar diferente.  Devemos sempre prestar atenção em todas as crianças, e compreender que todas são únicas.


Resumo e análise do filme para a disciplina " Dificuldades de Aprendizagem (DA) - Leitura e Escrita":

O filme conta a história de Ishaan Awathi, um garoto indiano, de 8 anos, que mora com os pais e o irmão mais velho. Ele freqüenta a 3ª série pela segunda vez. Mesmo com uma inteligência acima da média, ele não consegue acompanhar os estudos.
No contexto familiar, tem um convívio bom com o irmão e a mãe, porém o pai é muito severo, e não demonstra atenção e carinho com os filhos, está sempre preocupado com o trabalho, e que seus filhos sejam os melhores da sala. Ishaan é mal organizado, é distraído, tem falta de autocontrole, e sempre se esquece de fazer as tarefas escolares. No relacionamento social, não tem amigos na escola, nem na vizinhança. A mãe o ajuda no dever de casa, mas se aborrece com ele quando na escrita troca letras e não capricha na caligrafia, e em razão disso ele sempre demonstra um comportamento distraído e agressivo. Esses comportamentos podem indicar autoestima baixa como resultado das dificuldades com as tarefas escolares.
Na reunião da escola, os professores informam aos pais sobre o comportamento de Ishaan: nunca presta atenção nas aulas, está sempre distraído, pede o tempo todo para sair da sala, perturba os colegas com suas brincadeiras, e as provas enviadas para os pais assinarem nunca retornam. Os professores não têm muita paciência, acham que ele é indisciplinado e por causa disso sofre punições, como ficar de castigo fora da sala. Como não houve progresso durante o semestre, e correndo o risco de ser expulso se repetir a 3ª série novamente, a diretora aconselha os pais que Ishaan frequente uma escola especial. O pai se aborrece com os comentários insensíveis da diretora, e a mãe se sente culpada supondo que talvez tenha errado na educação do filho. Então o pai resolve matriculá-lo num colégio interno.
No colégio interno, Ishaan fica deprimido, pois acha que está lá de castigo. Não consegue interagir com ninguém (apenas com um garoto que sempre senta ao lado dele e consequentemente acabam tornando-se colegas) passa o tempo todo calado e cabisbaixo. Novamente os professores não têm paciência e ele sofre punições e humilhações. O sofrimento do garoto é tão grande, que ele perde o interessante pelas Artes, não pintando mais como era de costume.
Até que chega um novo professor temporário de artes, Nikumbh, e demonstra interesse por Ishaan. Através do colega do menino, o professor fica informado que Ishaan leva punições porque não consegue ler e escrever e seus cadernos estão sempre com correções em vermelho. Então o professor suspeita que o garoto possa ter alguma dificuldade, e preocupado vê os cadernos, e reconhece que Ishaan esteja enfrentando uma dificuldade de aprendizagem. Ao analisar “erros” encontrados no caderno do garoto, o professor se lembra que já havia passado pela mesma situação quando criança, e resolve procurar os pais do garoto para uma investigação do problema detectado. Na casa de Ishaan ele vê os trabalhos de arte e fica impressionado. Questiona com os pais: por que o mandaram para longe? O pai responde que não havia opção, que o filho não melhorava na escola, que já havia repetido de ano e que era diferente do irmão (o melhor da turma). O professor, novamente o questiona: por que o menino tinha esses problemas? , e o pai responde que é pelas suas atitudes perante os estudos e todo resto, que ele é “ardiloso, difícil e desobediente”. Baseando nos cadernos de Ishaan, o professor explica os sintomas desses problemas: que na escrita ele escreve “b” no lugar de “d”; confunde letras similares; “S” e “R” invertidas; “h” e “t” refletidas; mistura palavras com grafia parecidas, como “anda” e “nada”; “sólido” vira “sóiledo”.
Na opinião do professor, Ishaan tem dificuldade em reconhecer as letras. Não consegue ler a palavra, portanto não entende o significado. Que para alguém conseguir ler e escrever é essencial relacionar sons com símbolos, saber o significado das palavras. O pai, apesar das explicações do professor, não aceita que o filho tenha algum problema, que tudo são desculpas para Ishaan não querer estudar.
O professor afirma que a dificuldade em ler e escrever é “dislexia”. Explica que também há problemas adicionais, como: dificuldade em seguir ordens múltiplas, exemplo “vá para página 65, capítulo 9, parágrafo 4, linha 2”; coordenação mecânica ruim ou péssima, como dificuldade em abotoar uma camisa e amarrar os sapatos; não consegue relacionar o tamanho, velocidade e distância; tudo resulta na destruição da autoconfiança e a criança acaba escondendo suas inabilidades em mal-comportamento. Isso tudo se enquadrava ao problema de Ishaan. O professor, então se comporta como um psicopedagogo, que avalia a situação do aluno com dificuldade, e identifica quais os fatores internos e externos que o influenciam, podendo encontrar, assim, a causa de sua dificuldade. Nesse processo também estão envolvidos o professor, a escola, o aluno e família. Ishaan, no contexto escolar enfrenta problemas, e então não consegue acompanhar porque: o método de ensino é tradicional; os professores não tem formação qualificada, por isso não reconhecem que o aluno tem dificuldade. No contexto familiar os pais também desconhecem o problema. Como o professor já tinha uma vasta experiência no assunto, por trabalhar também numa escola especial, ele próprio foi um aluno com dificuldade de aprendizagem. Nota-se a importância do diagnóstico, que é necessário para: efetuar uma triagem e identificar as crianças com dificuldades de aprendizagem; ajudar nas decisões em relação à classificação; definir objetivos a curto e longo prazo e ensinar estratégias para a solução das dificuldades. 
No colégio, o professor informa ao diretor sobre o problema de Ishaan e sugere que suas avaliações sejam orais, e que ele o ajudaria com aulas extras. Então, o professor faz as intervenções psicopedagógicas, aplicando várias atividades: escrever com o dedo as letras numa caixa de areia; escrever com pincel e tinta, fazer modelagem com massinha; escrever numa lousa quadriculada; ouvir num gravador os sons das letras e repetir; escrever no caderno e na lousa; leituras; exercícios motores, como subir escadas, fazendo contagem e soma; jogos de computador; e apreciação de obras de arte.
Após todas essas atividades, percebe-se que houve uma melhora no desenvolvimento de Ishaan.
No final, o professor realiza uma competição de artes entre professores e alunos. A melhor pintura é escolhida para ser capa do anuário da escola.  Ishaan vence a competição, superando o professor que fica em segundo lugar.
Os alunos saem de férias, e os pais de Ishaan ficam sabendo pelo diretor e pelos professores, inclusive pelo professor Nikumbh, sobre suas conquistas, e se orgulham do filho.
Concluísse que a superação do problema de Ishaan se deve graças à competência e sensibilidade do professor Nikumbh, que soube cumprir o verdadeiro papel de educador, aquele que consegue olhar para os alunos e reconhecê-los como seres únicos e especiais com capacidade para aprender.